Montana® Supra 450 SL
Informação Toxicológica
Descrição do Produto
Resumo
O MONTANA SUPRA 450 é um herbicida não seletivo, sistémico, de pós-emergência, cuja substância activa glifosato, é um derivado da glicina. MONTANA SUPRA 450 é absorvido pelas folhas e outras partes verdes das infestantes e translocado para todos os órgãos da planta, acumulando-se principalmente nas raízes e órgãos subterrâneos das plantas vivazes. Inibe a biossíntese do aminoácido shiquimato (inibindo a atividade da enzima (5-enolpiruvil-shiquimato-3-fosfato) síntese, EPSP síntese).
Os sintomas, como interrupção do desenvolvimento, clorose e necrose, surgem geralmente uma ou duas semanas após a aplicação e a destruição completas das infestantes é alcançada cerca de 4 semanas (8 semanas para algumas espécies).
Características principais
- O MONTANA® SUPRA 450 SL é um herbicida sistémico e não seletivo, sem efeito residual.
- O produto deverá ser aplicado em pós-emergência das infestantes, controlando um largo espectro de anuais, vivazes, perenes e lenhosas.
- MONTANA® SUPRA 450 SL é absorvido pelas folhas e partes verdes das plantas e, seguidamente, transportado pela seiva até às raízes, destruindo-as completamente (destrói os órgãos subterrâneos que funcionam como órgãos de reprodução de algumas infestantes).
Observações
- Os primeiros sintomas visíveis da aplicação de MONTANA® SUPRA 450 SL, surgem 7 a 14 dias depois, mas as plantas param o seu desenvolvimento nas 24 horas seguintes, deixando de competir com a cultura. A eliminação completa das infestantes ocorre geralmente após 4 semanas. Este período pode ser superior no caso de algumas espécies.
- Não mobilizar o terreno nas primeiras 3-4 semanas após a aplicação para o controlo de infestantes vivazes. Para as anuais, 48 horas após a aplicação.
Informações Complementares
- Em situações de risco de arrastamento,, os bicos do pulverizador devem estar protegidos por campânulas de proteção.
- Não aplicar quando se prevê chuva nas 6 horas seguintes à aplicação.
- Não aplicar em vinhas e pomares com menos de 3 anos.
- Nas infestantes aquáticas obtêm-se melhores resultados com MONTANA® SUPRA 450 SL em junho-julho.
- Para mais informações consulte a Ficha de Dados de Segurança do produto.
- Os produtos fitofarmacêuticos (PFF) homologados em Portugal podem ser utilizados em proteção integrada (PI), não existindo uma lista de PFF’s recomendados especificamente para esse efeito. A escolha do PFF deve ter, obrigatoriamente, em consideração a aplicação dos princípios gerais da PI e as normas definidas para a cultura.
Marca comercial
ASCENZA
Sobre a aplicação
Modo de Aplicação
Calibrar corretamente o equipamento, calculando o volume de calda gasto por ha, de acordo com o débito do pulverizador (L/min), da velocidade e largura de trabalho. A quantidade de produto e o volume de calda devem ser adequados à área de aplicação, respeitando as doses indicadas.
Utilize a pressão indicada pelo fabricante, de forma a assegurar a uniformidade da distribuição de calda.
Em situações possibilidade de arrastamento da nuvem de pulverização, os bicos do pulverizador devem estar protegidos por “palas” ou “campânulas” de proteção.
Volume de água a utilizar: 100 a 400 L/ha em fruteiras, olival e vinha e 100 a 200 L/ha antes da instalação de culturas, dependendo do estado de desenvolvimento das infestantes e do equipamento de aplicação.
Depois de cada tratamento, lavar o equipamento de pulverização com água e detergente.
Modo de preparação
Na preparação da calda deitar metade do volume de água adequado para a pulverização prevista. Deitar a quantidade de produto necessária e completar o volume de água pretendido, assegurando agitação contínua.
Aplicar a calda imediatamente após a sua preparação.
Não aplicar o MONTANA SUPRA 450 em mistura com outros produtos.
ARMAZENAMENTO
Armazenar nas embalagens originais, bem fechadas, num local seguro, seco, fresco e bem ventilado.
Manter afastado de alimentos e bebidas, incluindo os dos animais.
Evitar a formação e deposição de poeira.
O pó pode formar misturas explosiva.
Precauções biológicas
- Efetuar a aplicação com bom tempo e sem vento. Evitar tratar com temperaturas elevadas.
- Não aplicar quando se prevê chuva nas 6 horas seguintes à aplicação.
- Não existem restrições varietais, no entanto, em caso de dúvida, recomenda-se conduzir um ensaio preliminar.
- O produto pode ser utilizado em qualquer tipo de solo.
- Não mobilizar o terreno nas primeiras 3-4 semanas após a aplicação para o controlo de infestantes vivazes e nas 48 horas seguintes à aplicação no caso de controlo de infestantes anuais.
- Utilizar pulverizadores equipados com bicos protegidos ou bicos anti-deriva nos casos de plantas jovens e culturas mais sensíveis.
- Não aplicar junto a videiras e árvores de fruto que apresentem clorofila (cor verde), nos caules e troncos.
- Durante a aplicação não atingir as partes verdes das culturas, árvores muito jovens que não estejam bem lenhificadas e feridas recentes de poda (menos de duas semanas).
- Não aplicar em vinha com menos de 3 anos.
- A aplicação repetida, na mesma parcela, de herbicidas contendo substâncias activas da mesma família química ou com o mesmo modo de ação podem conduzir à ocorrência de resistências em espécies anteriormente suscetíveis. Para evitar o desenvolvimento de resistências, recomenda-se proceder, sempre que possível, à utilização de herbicidas mistos ou à alternância de herbicidas de diferentes famílias químicas ou com modo de ação diferente do glifosato.
Intervalo de segurança
Tratar antes do final da floração para pomares e vinha; 21 dias para oliveira; 28 dias para macieira e pereira.
Infestantes susceptíveis
Controla infestantes anuais, vivazes e perenes da vinha, macieira, pereira, marmeleiro, nespereira, ameixeira, pessegueiro, nectarina, damasqueiro, cerejeira, laranjeira, laranjeira azeda, tangerineira, clementina, limoeiro, olival, amendoeira, aveleira, castanheiro, nogueira, pomares jovens em geral, em pré-sementeira e pós-colheita de cereais de Inverno e Primavera, antes da instalação de culturas em técnicas de sementeira.
INFESTANTES SUSCETÍVEIS E DOSES DE APLICAÇÃO
Infestantes Anuais gramíneas e folha larga - 3,2-4,8 L/ha
Erva-pata (Oxalis pes-caprae) - 3,2-4 L/ha
Agrotis (Agrotis spp.) - 3,2-4,8 L/ha
Escalracho (Panicum repens) - 3,2-5,6 L/ha
Graminhão (Paspalum paspalodes) e urtigas (Urticas spp.) - 4-6,4 L/ha
Glyceria maxima - 4-6,4 L/ha
Acácias invasoras (Acacia spp), caniço (Phragmites australis), corriola (Convolvulus arvensis), feto (Pteridium aquilinium), jacinto aquático (Eichornia crassipes) e silvas (Rubus spp.) - 4,8-6,4 L/ha
Grama (Cynodon dactylon), junça (Cyperus rotundus), juncinha (Cyperus esculentus) e tábua-larga (Typha latifolia) - 4,8 - 6,4 L/ha:
ÉPOCA E CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO:
As aplicações em pós-emergência das infestantes quando estas se encontram em crescimento ativo, entre a plena floração e o final da floração (BBCH 65 a BBCH 69).
A aplicação deve ser efetuada antes do final da floração da cultura.
As doses mais elevadas devem ser aplicadas em presença de infestações mais intensas e infestantes mais desenvolvidas.